sábado, 1 de agosto de 2009

A OPINIÃO PUBLICA AGORA ACEITA SEPARAÇÃO COMMENOR HOSTILIDADE

De repente do riso fez-se o prantoSilencioso e branco como a brumaE das bocas unidas fez-se a espumaE das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o ventoQue dos olhos desfez a última chamaE da paixão fez-se o pressentimentoE do momento imóvel fez o drama. De repente, não mais que de repenteFez-se de triste o que se fez amanteE de sozinho o que se fez contenteFez-se do amigo próximo o distanteFez-se da vida uma aventura errante.(SONETO DA SEPARAÇÃO - Vinícius de Morais)Berger e Kellner (1970) descrevem, o casamento como um ato dramático, no qual dois estranhos portadores de um passado individual diferente, se encontram e se redefinem.Atualmente os casais se divorciam não porque o casamento não seja importante, mas porque sua importância é tão grande que eles não aceitam que ele não corresponda às suas expectativas iniciais do relacionamento. Muitas Vezes, os divorciados buscam o recasa mento, depois de um certo tempo.Quase sempre a separação é um processo doloroso e provoca um desequilíbrio emocional e um desgaste muito grande .Vivencia-se um luto. Impossível prever a duração deste luto que muitas vezes inicia antes mesmo da separação. Alguns casais sem perceber deixa vir a tona sintomas de uma vida conjugal atrofiada, com depressão caracterizando uma situação de luto mesmo. Outros só se sentem de luto depois da decisão final. Nesta fase é importante antes de tudo admitir, aceitar o fim do relacionamento. É o momento de aprender a dizer “eu” em substituição ao “nós”.Existem, mas são raras as pessoas que lidam bem com a separação. A grande maioria passa mesmo por um luto, fica abalada, com dificuldade e medo de recomeçar a vida sozinha. A dor é grande e a sensação é de que esta dor não tem fim.Em alguns casos depois de todo o processo de sofrimento o casal volta a unir-se, mas no inicio da separação a única certeza é que a relação acabou que o casamento não existe mais. Mas pode ser negativo para qualquer uma das partes se agarrar muito a esta expectativa. Pode não acontecer e o sofrimento será maior.Percebe-se que a separação a cada dia vem sendo aceita pela opinião pública com menos hostilidade. Quanto à terapia de casais em um momento deste não se objetiva reforçar a ruptura nem a manutenção da relação, o compromisso da terapia é promover o equilíbrio emocional das partes.Assim que a separação é concretizada, as necessidades afetivas se tornam imensas. Busca-se o conforto em uma nova relação, transformando esta busca, quase sempre, em um pedido de socorro. A ansiedade é tanta que a busca quase sempre se torna desequilibrada. Se esquece, ou nem nunca percebeu, que um individuo só está efetivamente pronto para a relação a dois quando é capaz de saber enfrentar sozinho seus problemas. Isso pode ser trabalhado em uma psicoterapia individual que é um recurso para ajudá-lo a entender melhor a si mesmo, e auxilia a encontrar maneiras de enfrentar as inúmeras dificuldades presentes neste momento.
Serviço:
Marilandes Ribeiro Braga Psicóloga/ Mestra/Terapeuta Sexual www.marilandes.com.br




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